Quando entrei na televisão chegou-me a Tânia. Uma produção para uma revista uniu a sportinguista da RTP à benfiquista da TVI. Foi há 16 anos e, desde então, nunca mais nos largamos. Ficaram laços para sempre. Percebemos desde logo que éramos iguais. Na família, na forma de ver e fazer televisão, naquilo que queríamos para a vida. Estivemos sempre de olho uma na outra. Vimos o crescimento de cada uma com alegria. Trocamos mensagens em momentos menos bons. Quando surgem dúvidas. Quando ela me quer arranjar marido. Às vezes sou eu a querer dormir e a Tânia a querer conversa 😂. O que nos distingue são os horários. Ela da tarde, eu da manhã. Desde que abri a casa que a queria lá. Mas dizem os antigos que o melhor da festa é esperar por ela. E lá estava ela. Hoje, a entrar me pela porta, não como convidada mas como amiga. Acho que todos sentiram isso. Que a uma conversa de gente que se gosta juntamos o amigo Baião de uma vida, que o Cláudio e a Joana quiseram privar da amizade e que, mais do que nunca, a casa foi casa. Como se ninguém nos estivesse a ver. A falarmos de televisão como só quem nela trabalha sabe. A Tânia é muito feliz. E merece cada minuto dessa felicidade. Junto dos que ama. De quem a ama. Hoje a Tânia foi um bocadinho minha. E lá estava ela, às 15h , no seu lugar. Que “vendeu” várias vezes ao longo da manhã a pedido do seu “senhorio”. A televisão até pode ser um palco de guerra mas no fim, vamos todos para os copos. Que é como quem diz, somos todos da mesma água. Que se há coisa que a caixinha mágica é, é ser transparente. E hoje isso foi tão claro.