Após vários meses de muito muito trabalho, Cristina Ferreira tirou duas semanas de férias para viajar. O primeiro destino foi a Índia, passou pelas Maldivas e terminou no Dubai.
ÍNDIA
«Éramos para ter chegado à meia noite a Delhi. Chegamos às 11 da manhã depois do voo ter sido desviado para Mumbai, por causa do nevoeiro, comum nesta altura. Mais um voo, horas de aeroporto, olheiras e cansaço infindável. Quando aterrámos ainda fizemos mais 4 horas de carro até Agra. Só pensávamos no hotel mas o guia disse-nos que , amanhã, por causa do mesmo nevoeiro, não veríamos o Taj Mahal. Vamos directos, com a roupa da viagem, sem banho, sem nada. Foi a melhor decisão. O nevoeiro ténue com o pôr do sol tornou ainda mais mágica uma das maravilhas do mundo. Nenhuma foto vai conseguir mostrar. Nenhuma. Nem as milhares de pessoas que ali estão. Já deu para perceber o lado caótico da Índia mas, até agora, só consigo absorver o impacto que uma cultura tão diferente tem em nós. Seguimos viagem»
«Hoje foi o dia mais impactante. Acho que cheguei à Índia com uma capa protectora. Sabia da pobreza, da falta de higiene, dos contrastes evidentes entre o luxo e a miséria. Ao segundo dia caiu a capa. Olha-os nos olhos e ficas pequenino. Em 5 horas de carro, a passar por várias aldeias na zona rural do Rajastão, fica muito perceptível a subjugação feminina, sem horizonte, uma vida sem norte e um olhar masculino difícil de explicar. Talvez as vestes coloridas sejam a sua única fonte de energia .Algumas tapam o rosto à nossa passagem. O único olhar de esperança está nas crianças, nas muito pequenas. Vi uma menina que jamais esquecerei. Teria uns 4 anos, franzina, junto a uma carrinha que soltava música. De braços no ar, dançava ao estilo de bollywood, abanando a anca, de sorriso no rosto e sonhos na mão. Espero que o futuro não lhe seja curto. Confesso que me foi difícil conter as lágrimas. No final da viagem custava respirar. Até porque esta viagem (que queria há muito fazer) chega numa altura muito especial com o lançamento do novo projecto. Eu queria este abanão, só não sabia que seria tão intenso mas, ao mesmo tempo me traria tantas certezas. É uma obrigação ser feliz e ser livre. Temos poucas amarras, a não ser as interiores. E a vida é feita de contrastes. Mas, na Índia, são muito maiores.»
«Confesso que ontem, quando cheguei a jaipur, detestei a cidade. Vinha do meio rural indiano e o silêncio dava lugar ao barulho caótico da cidade. Fui cedo para o hotel até porque estava na hora do #eusougira. Hoje começou pela manhã a visita guiada e…estou outra vez rendida. Jaipur é uma cidade mais moderna, com clubes, universidades, muita gente nova , tudo aliado à história presente em cada recanto. Os palácios são incríveis, muitos forrados a espelhos, há muitos mercados de rua e lagos que trazem alguma respiração à cidade. Têm também um central park e uma família real, cujo príncipe tem 30 anos e está solteiro.»
MALDIVAS
«E agora o sossego. As Maldivas são um sítio de paz. Assim que chegámos fomos recebidos pela Florência, uma portuguesa que saiu há 25 anos do país e que é hoje a directora de toda a área de bem estar do @joalibeing . É de uma doçura incrível , transmontana, e deixa-me orgulhosa a sua posição de destaque. O spa é dos mais bonitos que já vi e todo o hotel é virado para um estilo de vida saudável e de longevidade. Comecei 2025 com essa vontade de cuidar ainda mais de mim e da minha saúde, física e mental.»
DUBAI
«A magia do deserto. A uma hora do centro do Dubai, numa área protegida, e acabar num jantar que começa com um pão fino, quase transparente, que demora 5 segundos a cozer. Agora estou numa sopa de lentilhas. E vi o melhor pôr do sol.»
«O Dubai tem pouco mais de 50 anos, nasceu da cabeça de um homem que pensou em grande, tão grande que não há explicação para o que aqui encontramos. No Dubai é tudo muito e é isso que o torna único. A nível arquitectónico é incrível. A cada ano que passa nasce mais um prédio fora do comum. Ontem passei por um hipermercado indescritível . Parecia um estádio de futebol gigante, todo vermelho. A caminho do deserto também vimos o hospital de camelos. Já cá vim várias vezes, e é sempre diferente. Já visitei quase tudo e há sempre mais alguma coisa. Restaurantes nem se fala. O Dubai é uma experiência e é preciso vivê-la para a perceber.»