Chegamos a Agosto e celebramos a 100ª edição da revista CRISTINA. A revista onde tudo acontece tem, desta vez, CEM TABUS para descobrir e conhecer. Sexo, corpo, idade. Homens e mulheres. Religião, costumes e tradições. Passado, presente e futuro. Humanidade. Gente comum. Tudo isto cabe nas mais de 90 páginas que dedicamos aos tabus. Falámos com dezenas de pessoas que nos ajudaram a perceber como é viver com incompreensão, com segredos, com vergonha, mas acima de tudo com vontade que tudo mude. Porque um tabu só deixa de existir depois de uma mudança. E de muito se falar sobre ele. É a isso que a CRISTINA se propõe este mês. É a isso que se propõe há 100 edições. Escolhemos assinalar assim este marco que é nosso e de todos os leitores e leitoras. Um marco que se estende a todos os convidados, famosos e anónimos, que nos contaram as suas histórias e deixaram que fizéssemos parte das suas vidas. À centésima edição, mantemos a convicção de que a CRISTINA é a revista onde tudo acontece. E onde todas as histórias têm lugar.
Aqui falamos de tudo. Chamamos as coisas pelo nome. Sem pudores. Sem filtros. Com verdade. Procurámos quem nos ajudasse a desfazer mitos. Limpámos a mente de preconceitos. Perguntámos e ouvimos as respostas.
MULHER TRANS
Ivvi Romão, 24 anos, Artista | «𝐄𝐮 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐞𝐢 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚 𝐧ã𝐨 𝐛𝐫𝐚𝐧𝐜𝐚, 𝐢𝐦𝐢𝐠𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞, 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐯𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐦 𝐠𝐚𝐲. 𝐀𝐠𝐨𝐫𝐚 𝐬𝐨𝐮 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫 𝐩𝐫𝐞𝐭𝐚, 𝐢𝐦𝐢𝐠𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞, 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬, 𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐦 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐞𝐦.»
O ENVELHECIMENTO DO CORPO
Ana Bravo, 68 anos, Relações Internacionais | «𝐓𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐮𝐦 𝐩𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐧𝐯𝐞𝐥𝐡𝐞𝐜𝐞𝐫, 𝐧ã𝐨 𝐬𝐞𝐢 𝐬𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐚 𝐚 𝐠𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐭𝐞𝐫á, 𝐦𝐚𝐬 𝐚 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫-𝐬𝐞 𝐚𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐞 𝐯𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐫𝐮𝐠𝐚 é 𝐮𝐦 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨.[…] 𝐄𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚 𝐧𝐢𝐧𝐠𝐮é𝐦 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐞, é 𝐚𝐥𝐠𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐭𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝐚𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚𝐫. […] 𝐀 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐫 𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐦𝐛𝐚𝐭𝐞𝐫 𝐮𝐦 𝐭𝐚𝐛𝐮 é 𝐞𝐧𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭á-𝐥𝐨, 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐫 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐞𝐥𝐞, 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐮𝐭𝐢-𝐥𝐨, 𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐫, 𝐬𝐞 𝐧𝐞𝐜𝐞𝐬𝐬á𝐫𝐢𝐨, 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐧𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐛𝐥𝐨𝐪𝐮𝐞𝐢𝐨.»
SER ALBINA
Gabriela Filipe, 24 anos, Empregada de Mesa | «𝐍𝐨 𝐢𝐧í𝐜𝐢𝐨 𝐟𝐨𝐢 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨. […] 𝐀𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐦𝐢𝐦 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞. 𝐑𝐢𝐚𝐦, 𝐠𝐨𝐳𝐚𝐯𝐚𝐦, 𝐟𝐚𝐥𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚𝐬, 𝐞 𝐞𝐮 𝐧ã𝐨 𝐬𝐚𝐛𝐢𝐚 𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮ê. […] 𝐍ã𝐨 𝐦𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐢𝐚𝐦 𝐭𝐨𝐜𝐚𝐫, 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚𝐦 𝐦𝐞𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐠𝐢𝐚𝐬𝐬𝐞.”
Agora, opta por passar a mensagem: “𝐨 𝐚𝐥𝐛𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐧ã𝐨 é 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐨𝐞𝐧ç𝐚, 𝐧ã𝐨 é 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐠𝐢𝐨𝐬𝐨. É 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐝𝐢çã𝐨 𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐞, é 𝐠𝐞𝐧é𝐭𝐢𝐜𝐨, 𝐭𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐦𝐞𝐧𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐥𝐚𝐧𝐢𝐧𝐚, 𝐪𝐮𝐞 é 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐳 𝐚 𝐩𝐢𝐠𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚çã𝐨 𝐝𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐞.»
SER SEM ABRIGO
Marisa Miranda, 43 anos, Costureira | «𝐀𝐨𝐬 𝟐𝟎 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐚 𝐜𝐮𝐫𝐢𝐨𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐞ç𝐨𝐮 𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐭𝐚𝐫 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦 𝐞 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮-𝐦𝐞 𝐥𝐨𝐠𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚𝐬 𝐦á𝐬. 𝐃𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐠𝐫𝐚𝐜𝐞𝐢 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚. 𝐉á 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜𝐞𝐢 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐮𝐦𝐢𝐫. […] 𝐍𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐚𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚, 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐯𝐚-𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐬ó 𝐨𝐬 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐧𝐬 𝐞𝐫𝐚𝐦 𝐬𝐞𝐦-𝐚𝐛𝐫𝐢𝐠𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐧ã𝐨 é 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞, 𝐡á 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐬𝐞𝐦-𝐚𝐛𝐫𝐢𝐠𝐨. 𝐓𝐞𝐧𝐭𝐞𝐢 𝐦𝐚𝐧𝐭𝐞𝐫-𝐦𝐞 à 𝐭𝐨𝐧𝐚, 𝐦𝐢𝐧𝐢𝐦𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞. 𝐌𝐚𝐬 𝐟𝐮𝐢 𝐚𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐩𝐨ç𝐨.»
Leia todos estes testemunhos, e muitos mais, na revista CRISTINA deste mês nas bancas e na app CRISTINA M.
