É um dos nomes mais surpreendentes da música portuguesa atual. Aos poucos, vai-se dando a conhecer a mais gente. Acaba de lançar um novo álbum que promete pôr todos a dançar. Na conversa com a revista CRISTINA, o artista garantiu: desde que foi pai, passou a viver com mais alegria.
CRISTINA – Que álbum é este, Estava no Abismo Mas Dei Um Passo Em Frente?
PEDRO MAFAMA – É um álbum de celebração, um projeto composto das canções mais alegres que já fiz. Estou numa fase muito boa da minha vida, e quis fazer música que refletisse este momento que estou a viver. Por outro lado, existe esta ideia de que a música portuguesa é triste, e eu era conhecido sobretudo por música muito melancólica. Quis provar a mim mesmo, e aos outros, que conseguia fazer música alegre, mas interessante.
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C – Que reações espera do público?
P.M. – Espero que sorriam e bailem com as pessoas que amam, com amigos ou com família. Espero que este álbum lhes dê a esperança de que, às vezes, tudo pode dar certo, e de um momento para o outro podemos descobrir a felicidade de uma forma que nunca imaginámos. E que tudo isto é temporário e estamos todos a caminhar para um abismo, por isso mais vale sorrir, saborear e bailar em frente. (Sorri)
C – Como será ver e ouvir este disco ao vivo?
P.M. – Ainda estamos a montar o novo concerto, mas estou a preparar uma versão futurista dos concertos de baile, que todos já vivemos um pouco por todo o país. Mas garanto já que vai ser muito animado e para bailar!
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C – Além da música, a sua personalidade artística tem associada uma estética muito pensada. Que lugar ocupa esse lado visual no seu trabalho?
P.M. – Obrigado! Para mim é muito importante entregar a música de uma forma especial, porque sei que o mesmo objeto pode ser entendido de maneiras muito diferentes, quando apresentado de maneiras diferentes. Por exemplo, o lado tradicional e popular da minha música faz especialmente sentido, porque a entrego num formato pop contemporâneo. Torna-se fresco, por estar num sítio diferente daquele a que estamos habituados a ver a música popular portuguesa. Por outro lado, aquilo que entrego são, não só canções, mas toda uma visão própria sobre a nossa cultura e uma forma de estar e de olhar para o mundo – por isso, quero entregar um objeto que seja já ele uma experiência total, e não só uma canção.
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C – Como olha para a indústria da música em Portugal atualmente?
P.M. – Penso que estamos num sítio bom musicalmente, em que já não estamos a olhar só lá para fora e a copiar géneros musicais, em vez de os criar. Temos coisas muito boas e novas a surgir de cá, mas temos também de fazer um esforço para continuar a inventar sonoridades, em vez de nos ficarmos por uma fórmula que resulta neste momento.
C – Se pudesse conversar com o ministro da Cultura, o que lhe diria?
P.M. – Dir-lhe-ia que, um dia, gostava de ocupar o mesmo lugar que ele!
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C – Qual a canção deste novo disco que já cantou mais vezes à sua filha?
P.M. – Foi o Preço Certo, que ela ouviu desde as versões iniciais da canção até à versão final, e dança e manda beijinhos, a cada vez que a ouve, tal como o pai!
Leia a entrevista completa ao artista Pedro Mafama na revista CRISTINA de junho, disponível nas bancas e na app CRISTINA M.
