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Cristina Ferreira na Assembleia da República: “Prometo continuar a lutar”

Jun 6, 2023 | CRISTINA

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Jun, 2023

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Cristina Ferreira publicou,em 2020, o seu quarto livro – “Pra Cima de Puta. O livro que expôs inúmeras agressões e discursos de ódio dos quais foi alvo ao longo do anos. A apresentadora e empresária decidiu lançar este livro para demonstrar, como exemplo, a maldade e a agressão que circula na internet, sem qualquer tipo de penalização: «Na Internet e nas redes sociais, a maldade grassa, o fel destila. Assusta-me perceber que há gente que se alimenta disso, que julga e agride os outros com facilidade e sem pudor. Este livro é sobre a violência e sobre a necessidade urgente de mudar. Com ele, pretendo confrontar-nos com a impunidade das agressões que, nas redes sociais, se dirigem não interessa a quem ou com que consequências. Muitos considerarão que este título e o que aqui mostro constituem mais uma provocação. É verdade, este livro é uma provocação, uma chamada de atenção. Mas é também um testemunho que acredito que posso deixar. É uma parte da História e da história das pessoas que, impunemente, optam por agredir. Esta maledicência, esta imensa maldade, num mundo que precisa tanto do oposto, surge porquê? O que leva o ser humano a escrever este tipo de comentários? Um dia, daqui a muito tempo, alguém pegará neste livro e conseguirá entender como eram as redes sociais nesta década do século XXI».

O livro “Pra Cima de Puta” pretendia ser uma abertura de caminho para a discussão dos discursos de ódio e do ciberbullying em Portugal. A petição pública intitulada “Contra o ódio e a agressão gratuita na internet”, que, em poucos dias, reuniu mais de 50 mil assinaturas, permitiu Cristina Ferreira chegar à Assembleia da República com a sua luta, em representação de todos aqueles que assinaram a petição e consideram urgente o debate sobre este tema da agressão nas redes sociais.

No dia 2 de Fevereiro de 2023, Cristina Ferreira foi recebida na Assembleia da República em Comissão Parlamentar para defender a petição assinada por mais de 50 mil pessoas na sequência do lançamento do livro cuja temática assenta na disseminação do discurso de ódio na internet.

«A discussão foi feita com representantes dos vários partidos com assento na assembleia e segue para plenário em breve. A tipificação do crime de ofensa nas redes sociais e a criação de uma entidade reguladora foram alguns dos pontos por mim defendidos nesta comissão. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a liberdade de agressão. A necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente e, por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social. Nas redes sociais somos todos figuras públicas. E, sem formas de regulação e sem o seu exercício, julgamentos sumários e agressões gratuitas continuarão a multiplicar-se impunemente na internet. Um espaço de socialização importantíssimo para não ter um olhar célere e capaz de prevenir futuros danos geracionais. Hoje foi um dia importante.»

Agora, mais recentemente, no dia 1 de Junho de 2023, voltou à Assembleia da República para assistir à discussão na Reunião Plenária.

«1 junho 2023. Assembleia da república. Hoje foi dado mais um passo, fruto da petição lançada contra o combate ao ódio na internet, depois do lançamento do meu livro Pra cima de p*ta. Neste momento estão a ser apresentados um projecto de lei que prevê a criminalização da ciberviolência do Livre, um projecto de resolução do PAN que recomenda ao governo a implementação da lei dos serviços digitais e a promoção de ações de sensibilização e formação para o combate ao discurso de ódio online. Um projecto de resolução do PCP com medidas para combate ao discurso de ódio na internet e uma proposta de lei apresentada pelo governo, já disponível online. Este é um passo gigante naquilo que é considerado pela maioria essencial para o futuro da utilização das redes sociais. É, para mim, um dia muito feliz, pelo facto de a minha voz, associada aos mais de 50 mil subscritores da petição contribuir para uma possível legislação sobre o assunto. Agradeço a todos os partidos que consideraram o assunto relevante e prometo continuar a lutar. ALGUMA COISA HÁ-DE MUDAR. Obrigada.»

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