Portugal fica muito longe da Austrália. Mais perto de Inglaterra onde nasceu Matt Preston, uma das maiores figuras mundiais da televisão, à conta do sucesso de Masterchef Austrália. Estava longe também, da minha ideia, que o homem que vi centenas de vezes no tal ecrã mágico pudesse um dia estar na minha casa. Esteve hoje. E foi dos dias que mais orgulho tive do meu percurso profissional. Primeiro por provar que um programa da manhã pode ser uma primeira escolha de alguém tão reconhecido. Sim, um programa da manhã. Depois, porque lhe pude apresentar a Joana. A chef que não é chef. Está muito para além disso. E que tornou o momento tão especial com o seu cheesecake de figo. A Joana serenou-me. Depois porque lhe mostrei que quem tem um vizinho Cláudio tem a garantia de um toque de humor muito própria, sem medos e vergonhas, só ao alcance de quem entende o público e o seu papel num guião escrito ainda antes do dia 7 de Janeiro. Que bonito foi ver o Matt a querer tirar uma foto com o Cláudio, os dois com o seu lenço ao pescoço, depois de contada a história da sua origem numa imagem tão marcante. Quem usa umas calças de riscas verdes só pode gostar de excentricidade que, na nossa casa, rima com autenticidade. O Matt sabia tudo de nós. Vinha com a lição estudada. Mais, sabia que numa casa assim o tocar da campainha traz sempre surpresa. E foi isso que ele foi. Uma surpresa pela simpatia, por ter entendido o nosso conceito, por saber que aquela cantoria não era mais que o “tom” certo num programa que se quer assim. Sem tirar nem pôr. E, por fim, porque me desafiei a mim própria. Porque me senti orgulhosa de manter uma conversa em inglês, em directo, a traduzir tudo o que era dito, e tê-lo feito do meu jeito, tal como o faria com qualquer convidado português. Se cometi alguns erros? Com toda a certeza. Mas no fim contam as palavras do gigante convidado que guardarei para sempre. “Não tenhas medo de falar, foi perfeito, e acima de tudo verdadeiro.” O meu Jonathan deve ter ficado orgulhoso. Só Deus sabe o quanto isto significa para nós. E sim, Matt, é mesmo big. Aqui sinónimo de enorme. O que não é para todos.