Não são supermulheres, nem super-heroínas, mas tentam sê-lo, todos os dias. Dividem-se entre mil tarefas e papéis. O tempo não chega e o cérebro nem sempre acompanha. Vem a culpa, um peso invisível às costas de tantas mulheres.
Na edição de março da revista CRISTINA conversámos com Filipa Cachapa, doutorada em Sociologia da Família e Questões de Género, e várias mulheres que partilharam as suas histórias e vivências.
As mulheres estão assoberbadas e exaustas. Dividem-se entre ser mães – as que o são -, mulheres, filhas e amigas de alguém, donas de casa e profissionais. Pelo caminho, têm um sem-fim de tarefas triviais que ocupam espaço nas suas mentes – a chamada carga mental -, deixando-as lotadas.
Filipa Cachapa partilha que «não raras vezes» acompanha «mulheres que são profissionais altamente competitivas, mães presentes, dedicadas e que, em simultâneo, têm outras tarefas a seu cargo». Refere-se «às tarefas domésticas e também aos cuidados informais à família (que vai além dos seus filhos e que, muitas vezes, se estende aos seus próprios pais ou avós)». A juntar a tudo isto, ainda temos «a consciência da necessidade do tão falado autocuidado – ou tempo para si próprias-, que muitas vezes fica para segundo, terceiro ou quarto plano. Durante a infância, foi-lhes dito que é necessário chegar a todo o lado. Que com esforço e dedicação ‘tudo’ é possível. Então, há um certo conflito interno entre o que é o sonho de uma vida que passa pela maternidade e, ao mesmo tempo, o desejo de realização individual, pessoal e profissional. Esta forma de viver tem um impacto na saúde das mulheres».
Pode ler este artigo completo na revista CRISTINA deste mês.
