Ouvimos frequentemente os alertas sobre os perigos, mas menos sobre os efeitos benéficos que retiramos da exposição solar. São incontáveis as doenças que podemos prevenir ou controlar, através de uma exposição solar adequada. A osteoporose, a depressão e as doenças autoimunes são algumas delas.
Comecemos pelo mais óbvio e também mais importante: o sol é a nossa principal fonte de vitamina D. Ajuda-nos a conseguir sintetizar a mesma e, dessa forma, absorvê-la e manter os níveis adequados no nosso organismo. A vitamina D é crucial para a absorção de cálcio. Sem ela, podemos beber litros de leite que não há cálcio que seja aproveitado, para o bem dos nossos ossos. Além disso, tem um papel fundamental no sistema imunitário e na função muscular. Pode ainda ajudar a reduzir a pressão arterial, a tratar de situações de pele como o acne ou eczema, auxiliar na regulação do humor e dos ciclos de sono e muitos outros benefícios.
Entre as várias doenças ou condições que podem ser prevenidas por uma exposição solar moderada e saudável, capaz de manter os níveis de Vitamina D adequados, está o raquitismo, uma doença que afeta as crianças e que se caracteriza pelo enfraquecimento dos ossos e deformações ósseas, devido à deficiência de vitamina D ou cálcio.
A suplementação está indicada para pessoas com insuficiência ou deficiência de vitamina D ou, por outro lado, para prevenir ou complementar o tratamento de algumas patologias clínicas, como as doenças autoimunes. As doenças relacionadas com os ossos, como a osteomalácia e a osteoporose, são outros exemplos de situações provocadas pelo défice de vitamina D. Uma e outra caracterizam-se pela fraqueza óssea e estão associadas a muita dor. A primeira é frequente em jovens e adultos e a última é mais frequente em idades mais avançadas. “Estas doenças são facilmente prevenidas com níveis adequados de vitamina D” – Andreia Monteiro, especialista em Imunohemoterapia e Medicina Preventiva
COMO CONSEGUIR UMA EXPOSIÇÃO SOLAR ADEQUADA E SAUDÁVEL?
“A forma mais interessante de apanhar sol é expor-se nas horas em que há radiação ultravioleta B, a única capaz
de nos fazer produzir vitamina D. Isso só acontece entre as 10 horas e as 13 horas. A partir dessa hora teremos outros benefícios,
mas não a de absorção de vitamina D”, começa por revelar Andreia Monteiro, especialista em Imunohemoterapia e Medicina Preventiva.
Tendo em conta a margem de horas de exposição, a médica acrescenta outro conselho: “Temos de manter uma exposição solar de 15 a 20
minutos, dependendo do fototipo de cada um (sendo que pessoas mais escuras podem precisar de mais tempo) e só depois colocar
protetor solar”. Por fim, mas não menos importante, a médica acrescenta: “Depois de sair da praia, não tomar logo banho. A
vitamina D é lipossolúvel e, por isso, precisa de gordura para ser absorvida, coisa que o sabão vai bloquear. Podemos
passar por água, para retirar a areia e excesso de sal, mas devemos manter-nos algum tempo sem ensaboar o corpo”.
Leia o artigo completo nas páginas 93, 94 e 95 da revista CRISTINA de julho.