Na última madrugada, RuPaul Charles subiu ao palco dos Emmy’s para receber, pelo 8º ano consecutivo, uma estatueta na categoria de melhor apresentador de Reality Show.
RuPaul, também conhecido, como Mãe das Drags é icónico, exuberante, ousado, original, comprometido, ativista, modelo, cantor, autor e produtor. O seu caminho é um exemplo e uma inspiração que nós não queremos perder de vista.
Quando falamos em drag queens, é natural que RuPaul Andre Charles seja a primeira imagem na nossa cabeça.
E as suas fotografias, da presença em galas e programas de televisão, editoriais de moda e desfiles são múltiplas, coloridas, lindas, provocadoras, capazes de nos suscitar perguntas e romper preconceitos. Nascido em San Diego a 17 de novembro de 1960, RuPaul é uma estrela por mérito próprio.
Não basta ser drag queen, é preciso talento e isso é algo que tem para dar e vender. A sua carreira não foi fácil, no entanto é seguríssimo dizer que hoje é um nome incontornável com prémios associados, reconhecimentos vários. Uma estrela por quem Hollywood se enamorou; a América pode ter estranhado no início, mas aceitou por fim e o mundo segue-lhe o rasto, as histórias e as produções com avidez. “Podem chamar-me ele. Podem chamar-me ela. Podem chamar-me Regis e Kathie Lee. Eu não ligo!Desde que me chamem!” Às vezes apresentado como RuPaul Charles, fez alguns papéis masculinos, o que significa que, para ele – ou ela – a designação de género é indiferente. Algo que tem causado polémica junto de algumas pessoas defensoras da causa LGBTQI+.
RuPaul não se deixa atemorizar. Pode ter sido olhado de lado, preterido ou vítima de bullying, mas sempre soube que vingaria e o tempo deu-lhe razão. Homem ou mulher pouco importa, é a pessoa que brilha.
O que é ser Drag?
Divas do palco, as drag queens conhecem bem a arte de cativar a audiência. As luzes e o espetáculo são a sua vida, mas por trás das roupas, da maquilhagem e dos cabelos estão homens – às vezes com empregos inesperados – com família, ambições e contas para pagar.