Tem 24 anos de idade, esgotou cinco Coliseus, venceu vários prémios musicais e um Globo de Ouro, para Melhor Intérprete, e é a mais jovem artista de sempre a subir ao palco da Altice Arena. Bárbara Tinoco é um fenómeno. Tem novo disco, Bichinhos, e prepara-se para lançar vários singles que vão ficar no ouvido dos portugueses.
C. – Voltando atrás, a 2018, o The Voice marcou a tua vida para sempre.
B.T. – Marcou a minha vida. Mudou-a a 100%.
C. – Apesar de não ter corrido especialmente bem.
B.T. – Sabes que nunca tive essa visão? Toda a gente vê isso do “Não” de uma forma má, mas eu não, eu sabia que, pelo menos, ia saber se era por ali o caminho ou não, e isso já me descansava. Saí de lá feliz, fui celebrar com a minha família. Mas celebrar o quê…? O não passar? Fomos todos celebrar, todos contentes. Acho que o universo, Deus, o que lhe quiserem chamar, sabia que eu ia desistir. Se eu não tivesse um sinal gigante de que era por ali, ia desistir logo. Pronto, acabou, não tenho jeito para isto, não vou estar a perder tempo da minha vida, já estudei música, fiz tudo o que estava ao meu alcance para poder fazer isto, não dá, não dá. O meu manager viu a minha prova cega do The Voice, mandou-me mensagem pelo Instagram – muito moderno – e depois fomos ter uma reunião. Somos melhores amigos, uma dupla incrível. A minha carreira é mesmo feita de Pedro Barbosa e de Bárbara Tinoco, todas as decisões, todas as coisas difíceis e fáceis.
C. – O que é isso de ser uma “pop star assumida”?
B.T. – Olha, eu escrevi uma canção, que não sei se algum dia vou lançar, que se chama A Curta Vida de uma Pop Star, que fala um bocado sobre isso. Também não sei bem o que isso é. Os meus amigos dizem que é chegar a casa e ter perucas espalhadas, maquilhagem na mesa, uma maquilhadora em casa. Se queres saber, ser pop star é trabalhar que nem um cão. É trabalhar muito. É viver sempre num mundo em que estás sempre a criar, fazer diferente, melhorar; é querer devolver ao público o que te dão, que é tudo. Isso é ser pop star. É ter cuidado com o exemplo. É ter muito cuidado e muito trabalho.
C. – O número de bilhetes vendidos para a Altice tem vindo a crescer, a crescer. Estás preparada para atuar perante 13 mil pessoas na Altice Arena, em 2024?
B.T. – É muito engraçado que as pessoas nem sonham que eu estava a fazer o Super Bock Arena, um concerto que eu sonhei durante meses, e estava lá a começar a fazer as primeiras pesquisas para a Altice. Estava a maquilhar-me e comecei a pesquisar. As pessoas nem sonham. Estou sempre na próxima. Já acabei este desafio, bora para o próximo. Ao fazer este disco, estive 97% do tempo frustrada e a última semana, antes de o entregar, feliz com ele. É um nível de frustração muito chato. Nunca está nada bem e, quando está bem, está incrível.
Pode ler a entrevista completa a Bárbara Tinoco na revista CRISTINA de maio ou na app CRISTINA M.